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A PORNOGRAFIA E A MASTURBAÇÃO SÃO PECADOS MORTAIS

Atualizado: 2 de jul. de 2021



Santo Hilário disse: "Os corpos corrompidos pela luxúria, são moradas de demônios". A pornografia e a masturbação são definitivamente pecados mortais. O pecado mortal destrói o estado de justificação, o estado de graça santificante. Os que morrem neste estado condenam-se nas chamas do inferno eternamente.


Muito mais do que a luxúria, então, o mal que acomete quem se entrega à pornografia e à masturbação chama-se acídia. Lê-se na Summa Theologiae de Santo Tomás de Aquino (Cf. II-II, q. 35, a. 1) a definição de acídia como um tipo de tristeza. Esta é a reação do ser humano ao mal presente. O que especifica a acídia é que se trata de "uma tristeza proveniente de um bem espiritual". A tristeza e inquietação de quem vive no pecado são um sinal de que o homem foi feito para Deus e inquieto está o seu coração enquanto não repousar n'Ele (Confissões, VIII, 11).


É possível destacar no vício sexual o fator significativo da substância química chamada "dopamina", atuando no cérebro; cuja liberação, por exemplo, ativa a regulação motora dos movimentos voluntários, do humor, das vias da memória, da atenção, do prazer. O homem ordinário busca sempre o prazer; vai atrás de comida, bebida, conforto ou qualquer outra coisa similar, ou seja, ele busca uma presa, para que possa se satisfazer com ela. E o mesmo princípio ativo vale para a sexualidade. A intemperança dos corpos deve-se a uma descarga de dopamina, que anima a pessoa a buscar alguém com quem se relacionar. E é assim, desde o ponto de vista químico-biológico secundário, que essa pessoa chega à pornografia e à masturbação.


A curiosidade desenfreada na internet ou em filmes, séries, desenhos, livros, revistas etc., os olhares impudicos na rua, no trabalho ou escola, a ociosidade cotidiana, a intemperança… Todas essas atividades que causam a liberação descontrolada de dopamina estão na origem do vício da masturbação. A pessoa está à procura de algum prazer: comida, bebida, sexo etc. E como ela não pode conseguir relações sexuais com muita facilidade, a pornografia e a masturbação tornam-se uma opção comum, pois, nessas atividades, o prazer depende apenas de uma pessoa, um celular ou computador. Também deve-se lembrar o que nos santo Afonso de Ligório: “Quase todas as paixões que se revoltam contra nosso espírito têm sua origem na liberdade desenfreada dos olhos, pois os olhares livres são os que despertam em nós, de ordinário, as inclinações desregradas.”

A primeira coisa a fazer, portanto, é ordenar a liberação de dopamina e aguardar a castidade: evitar tal olhar, fugir das ocasiões de pecado, evitar tal companhia, ocupar-se com atividades para não ficar ocioso, como por exemplo, o trabalho, estudo, esporte e outros bons lazeres. Tudo isso serve para controlar a liberação de dopamina.


No Decálogo (ou 10 Mandamentos), existem dois preceitos sobre a sexualidade: um para os atos (o sexto, que diz para não pecar contra a castidade) e outro para os pensamentos (o nono, que diz para não desejar a mulher do próximo). Notem a sabedoria divina: não é possível cumprir o sexto mandamento sem o cumprimento fiel do nono, ou seja, sem a purificação dos pensamentos, que inclui a modéstia dos olhares. O que leva à prática da masturbação tem seu início na imaginação, quando a própria pessoa ficou olhando ora para homens ora para mulheres com más intenções, ou simplesmente fixamente, ou por curiosidade pessoas com um porte imodesto (e imoral) no agir e principalmente no vestir, seja na rua ou em outro lugar qualquer. Nesse caso, ou se aceita integralmente o nono mandamento, ou o sexto continuará sendo um obstáculo. Com efeito, o pecado contra a pureza, que não admite parvidade de matéria, começa no coração e não pense que só se peca quando se comete tal ato. Se os seus olhares causaram-lhe uma excitação deliberada ao olhar para alguém ou algo impuro, então já pecaste!


Para as pessoas que se expuseram muito à pornografia ou que se excitam com apenas um olhar, ainda que não seja malicioso, vale esta dica preciosa: concentre-se na realidade, olhe para outras coisas que despertam a sua atenção, veja os detalhes, de modo que a sua imaginação não possa desenvolver nenhum pensamento furtivo. Ademais, é preciso ter muita atenção com os toques e outros tipos de intimidades, como conversas etc. Enfim, deve-se evitar tudo o que desperte a excitação.


Uma coisa importante entre os liberais e modernistas é que “é proibido a masturbação diretamente provocada com o fim de obter o esperma necessário para descobrir e curar cientificamente uma determinada doença” (Santo Ofício, 2 de agosto de 1929; DR. 2201).

COMO SUPERAR COMPLETAMENTE O VÍCIO DA IMPUREZA?


Para combater esse vício, devemos usar dois tipos de meios: alguns naturais e outros sobrenaturais.


Meio natural: O principal dos meios naturais é uma resolução firme para lutar contra este vício, seja qual for o custo, e afastar-se decisivamente do que pode levar a ele.


Para obter esta resolução é necessário: a) pedir ao Senhor na oração; b) Considerar cuidadosamente a necessidade da castidade para nos salvar e as terríveis consequências do vício impuro; e c) formar um propósito firme e renová-lo com frequência.


Eles também são meios naturais necessários: temperança no comer e no beber, porque, diz Santa Catarina de Sena: "É impossível que aquele que se não mortifica no comer, conserve a inocência, visto que Adão a perdeu em razão de seu gosto de comer". Deve-se também vigiar a imaginação e os sentidos, especialmente a visão, pois segundo São Jerônimo (Ep. ad Fur.), é o rosto o espelho da alma e os olhos castos dão testemunho da castidade do coração; e devemos dedicarmo-nos com determinação e amor ao trabalho e ao cumprimento de nossos deveres de religião e estado, sendo obediente para nos confirmarmos com a vontade de Deus.


Para o estudante é muito eficaz consagrar-se com todo amor e interesse em seus estudos católicos, principalmente na doutrina católica. Os jovens devem ter um cuidado especial para não serem convencidos com as teorias falsas e perniciosas que se espalham hoje pelos quatro ventos e que têm por defensores escritores e médicos critério moral, sobre a indomabilidade das paixões (ou seja, paixões que não se consegue controlar ou reprimir), a liberdade ser dada a todos os instintos e a “legitimidade” do que eles chamam de “amor livre” e “união livre” fora do casamento, isto é, a fornicação. Eminentes médicos concordam em afirmar que a castidade não implica perigo para a saúde corpo, mas, pelo contrário, beneficia-o. A castidade, segundo o estado de cada um, é um dever do cristão: e é possível pondo em prática os meios que acabamos de aconselhar.


Meios sobrenaturais: Podemos resumir os meios sobrenaturais nestes três, indicados pelo próprio Cristo: vigilância, mortificação e oração.


1) Por vigilância entende-se em ser previsível no tempo da ocasião do pecado; e, em particular, restringir o sentido da visão, pois não se deseja o que não se vê, diz São Francisco de Sales, ou seja, se você não vê coisas impuras e não se coloca em ocasiões de pecado, não irá desejá-la.


A vigilância cristã baseia-se na virtude da humildade, isto é, no conhecimento de nossa fraqueza. Quanto mais se afasta da ocasião, mais o perigo é evitado, mais fácil, certamente, a tentação é superada . É muito melhor prevenir a luta do que quase certamente se expor à derrota; ou, pelo menos, para a inquietação que permanece na alma quando não se foge da tentação. É importante conhecermos a nós mesmo e a nossa miséria fazendo o exame de consciência todos os dias, depois das orações da noite; pegue algum caderno, ou programa ou aplicativo para que possa escrever os pecados e erros cometidos. Veja no que erraste e evita cometê-los novamente no próximo dia.


Em relação à falta de humildade, que é a principal causa deste problema, a seguinte citação é relevante:


São Bento de Núrsia (520): "Assim, o primeiro grau de humildade é de sempre se ter o temor de Deus diante de seus olhos, e nunca se esqueça disso. Lembre-se, portanto, continuamente de tudo o que Deus ordenou e medite constantemente em sua alma não só que o inferno queima, por causa de seus pecados, os que desprezam a Deus, mas também que a vida eterna está preparada para os que temem a Deus".

O primeiro grau de humildade, que no momento é o que falta àqueles que cometem esse pecado, implica o reconhecimento e o temor de Deus: “O temor do Senhor é princípio da sabedoria…" (Salmos 111, 10). Você deve estar motivado para agir nesse respeito. Que somos nós? Pense nestas palavras de São Bernardo: "Pensa no que foste, um pouco de lama; no que és, um vaso de estrume; no que serás, alimento de vermes!"


2) A mortificação é de duas maneiras: exterior e interior. A exterior consiste em punir nosso corpo com jejum ou alguma dor voluntária. A interior, na moderação dos sentidos e da imaginação, e em negar à nossa vontade a satisfação de tantos anseios que muitas vezes nos chegam. LEIA SOBRE A MORTIFICAÇÃO EXTERNA AQUI: https://www.sacratraditione.com/pratica-da-mortificacao-externa


3) A oração é necessária para a castidade, porque só ela nos alcança a ajuda de Deus, sem a qual não podemos superar as más inclinações de nossa natureza. Muitas pessoas desanimam porque percebem que não podem se livrar do vício da impureza a curto prazo; então, que a pessoa não desanime se não conseguir deixar o vício da impureza imediatamente ou em pouco tempo, mas deve sempre manter essas boas intenções, evitar todas as ocasiões de pecado e perseverar na oração, pois não pode haver trevas e luzes no mesmo lugar; ou irás parar de rezar e obstinar no pecado ou irás perseverar na oração e parar de pecar e ainda se santificar. Tenha, também, uma verdadeira devoção a Santíssima Virgem Maria. Nas tentações invoque os santíssimos nomes de Jesus e Maria e reze até que a tentação passe.


São muito expressivas estas palavras do Livro da Sabedoria: "Desde que eu percebi que não poderia ser puro sem que Deus a desse a mim, me dirigi a Ele, e eu implorei e pedi do fundo do meu coração" (8, 21). E estas outras palavras do próprio Cristo: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca." (Mt 26, 41).


A oração compreende: a) a oração de petição, pela qual pedimos ajuda a Deus com humildade e confiança; b) oração mental, isto é, a consideração cuidadosa das verdades eternas; c) a lembrança frequente da presença de Deus, que conhece os nossos pensamentos mais íntimos e será juiz de nossas obras.


Também são recomendados para defender a sagrada virtude da pureza: a) recepção frequente e digna dos sacramentos: a confissão que purifica a alma e a fortalece contra a recaída; a comunhão que enfraquece a concupiscência. b) A constante e confiante devoção à Santíssima Virgem Maria, nossa mãe e defensora, a quem devemos recorrer no momento da tentação. c) boas leituras assíduas e cuidadosas da Sagrada Escritura, especialmente dos Evangelhos, que purifica a nossa alma e a enche de temor a Deus e de amor por Ele. Ler também a vida dos santos para que possamos imitá-los.


AS CAUSAS DA IMPUREZA


Elas podem ser interiores ou exteriores. Os exteriores são chamados de ocasiões de pecado.


1) Os interiores são: a) A intemperança em comer e beber, b) a ociosidade c) o orgulho, que impede que a pessoa conheça o perigo e se retire a tempo; d) a falta de oração humilde e confiante, indispensável para combater a má inclinação.


2) As causas externas ou ocasiões de impureza são principalmente: a) a aparência curiosa e livre; b) más companhias e conversas, que corrompem ensinando o mal; c) as más leituras e a concordância com filmes, danças e teatros, onde hoje existe uma atmosfera de imoralidade doentia; d) tratamento familiar com pessoas de sexos distintos; e e) roupas ou modas indecentes.


Sobre leituras, danças, filmes, roupas ou moda


Leituras corruptas, seja em livros, revistas, jornais, etc., são o pior incentivo para a impureza e, infelizmente, o mais difundido (especialmente a internet).


Há livros de todos tipos, dos quais conteúdos com insinuações maliciosas, para aqueles que alcançam a maior falta de vergonha e cinismo. A consequência natural de uma má leitura é a fantasia cheia de imagens perversas; a vontade cheia de maus desejos e a sensualidade exacerbada pelo mal. E isso é, infelizmente, ainda mais acessível agora com pornografia na internet, e muitas pessoas estão se condenando por cair nesse pecado. É impossível para alguém que não evita tão grande perigo, manter a virtude da castidade.


A dança em si é considerada indiferente; Mas muitas vezes as circunstâncias que a rodeiam a tornam culpada ou periga. Especialmente as danças de hoje — por causa da falta de modéstia no vestir, a maneira devassa de dança, da música pagã, vulgar e exitante, e a liberdade que muitas vezes as acompanham— são muitas vezes um grande perigo para a castidade. Em um concerto com a indecência no vestuário e na dança, o contato íntimo entre duas pessoas não casadas é uma ocasião de pecado, se não, certamente, um pecado mortal. Além disso, festejar e celebrar com pessoas que estão em pecado mortal e que têm pouca ou nenhuma consideração pelas Leis de Deus provavelmente levará outros a pecarem mortalmente. Todo o ambiente cheira como um espírito do mundo nocivo e contagioso; cheira a pecado mortal e pecados da carne.


1 João 2, 16: "Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo."


Acreditamos que São João Maria Vianney, provavelmente condenando as danças mais leves em comparação com as de hoje, resume muito bem da seguinte maneira:


Não há um só mandamento na Lei de Deus que o baile não transgrida. As mães costumam dizer: ‘Ah!, eu cuido de minhas filhas’. Cuidais dos seus enfeites, porém não podeis velar por seus corações. Ide, mães e pais réprobos, ide para o inferno, onde vos espera a ira de Deus. Lá vos guardam as boas obras que tendes feito, deixando à vontade vossos filhos. Ide, eles não tardarão muito a se ajuntarem a vós, pois tão bem lhe ensinastes o caminho… Então verei se o vosso cura [pároco] tinha ou não razão de vos de proibir esses prazeres infernais…” (Pe. Francis Trochu, O Cura d’Ars, p. 182).


Por outro lado, os pastorinhos de Fátima deixaram as danças depois de terem visto Nossa Senhora de Fátima.


Os filmes são uma fonte muito séria de imoralidade. Parece que o objetivo direto do grande número de filmes é incitar a sensualidade e forçar o jovem a viver dentro desse ambiente envenenado. É, portanto, necessário para a consciência cristã não comparecer, mas ir para aqueles filmes que são conhecidos por não oferecerem lições e cenas de imoralidade. O mesmo pode ser dito dos programas impuros que são transmitidos na televisão.


O ornamento da mulher, se for honesto e moderado, de acordo com a condição da pessoa, não é afrontoso; mas se for descortês e provocador, merece séria reprovação. As mulheres devem saber que a decoração desonesta de seu corpo incita muitos maus pensamentos e desejos, dos quais elas são responsáveis ​​diante de Deus. LEIA A SOBRE A MODÉSTIA AQUI: https://www.sacratraditione.com/modestia


Ocasião de pecado


Sobre o perigo do pecado, devemos advertir que nesta questão delicada sempre há perigo, especialmente entre pessoas de sexos diferentes; e que esse perigo é ainda mais grave: a) quando maior malícia envolve o ato; b) quanto mais inclinada a pessoa estiver ao mal; c) quanto mais você prolongara ocasião de pecado.


Contra as tentações e ocasiões desonestas, a pessoa deve lutar com toda a generosidade e energia: a) porque a vontade, fraca por si mesma e inclinada ao mal, cede à má inclinação. b) E porque, especialmente neste vício, quem contrai um mau hábito é quase incapaz de abandoná-lo, e assim se coloca em grave perigo de condenação.


Santos e autores insistem que a fuga do perigo e da ocasião é indispensável; e que nesta batalha os bravos são aqueles que fogem.


Quais são os efeitos do vício da impureza?


O vício da luxúria: a) enfraquece o corpo e causa doenças graves e vergonhosas. b) Cega e dificulta nossa compreensão. Santo Tomás ensina que "a luxúria nos impede de pensar no eterno", e São Paulo diz que “o homem carnal é incapaz de apreciar as coisas de Deus” (1 Coríntios 2, 14). c) Mantém a nossa vontade no mal e enfraquece-a para sempre. d) Degrada o homem e o reduz ao nível do bruto. "O vício carnal impede o uso correto da razão, porque arrasta toda a alma para o deleitar-se", diz Santo Tomás. e) Nos arrasta a todos os tipos de pecados e é causa de muitas condenações eternas.


A luxúria leva a todos os tipos de pecados e crimes, porque o luxurioso tudo o sacrifica à paixão. Ela arruína famílias, provoca escândalo em todos os lugares e, muitas vezes, leva à perda da fé (heresia ou apostasia) e ao suicídio.


A luxúria é o que perde os jovens. Começa com o esquecimento da misericórdia; então, leva-os ao esquecimento de Deus; e acaba fazendo com que eles praticamente percam a fé. Em tal estado de impureza o jovem é persuadido por qualquer argumento contra a religião verdadeira, porque começa a ver nela uma reprovação permanente de sua conduta e, talvez, um inimigo da sua falsa felicidade.


Finalmente, vendo que os deleites em que ele imaginava sua felicidade, em vez de encher seu coração, defraudá-lo e torturá-lo, ele sente um profundo tédio pela vida; e não sustentado pela fé e pela oração, pode alcançar o irremediável infortúnio do suicídio.


A luxúria é uma causa de condenação para muitos. São Paulo declara que “o imundo [ou injusto ]não entrará no reino de Deus.” (1 Coríntios 6, 9). E os santos e os doutores concordam em afirmar que esse é vício é o que mais almas precipita no inferno.


“Infelizmente, muitos jovens perdem a fé porque não querem ser castos”, disse Padre Pio de Pietrelcina. A luxúria é a maneira mais curte e fácil de ir para o inferno, porque tira o gosto da oração, enfraquece a fé até que a extingue, predispõe a todos os tipos de pecado, endurece o coração, e sem uma graça específica, leva a impenitência final. Nossa Senhora de Fátima nos advertiu: “Vão mais almas para o inferno por causa dos pecados da carne (isto é, pecados contra os 6 e 9 mandamentos) do que qualquer outra razão”. Nossa Senhora de Fátima disse a Jacinta: “Serão introduzidas certas modas que ofenderão muito a Nosso Senhor”. Jacinta também disse: “As pessoas que servem a Deus não devem seguir a moda. A Igreja não tem modas; Nosso Senhor é sempre o mesmo”.


Santo Afonso Maria de Ligório, Doutor da Igreja, não hesita em afirmar que “a impureza é o portão mais largo do inferno; e que de cada cem adultos condenados, noventa e nove caem por causa desse vício, ou pelo menos com ele. Palavras essas que são como um eco dessas outras palavras de Jesus Cristo: ‘Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, E MUITOS SÃO OS QUE ENTRAM POR ELA; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem’ (Mt 7, 13–14).


A masturbação e a pornografia são pecados mortais


Como é óbvio que aquele que assiste pornografia comete pecado mortal. Jesus Cristo deixou claro em Sua palavras em Mateus (cap. 5), onde Ele diz-nos: "… todo o que olhar para uma mulher; cobiçando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração." E, sabemos que o adultério é identificado em 1 Coríntio (6, 9) como um pecado mortal que exclui a pessoa do Reino de Deus. Portanto, quem assiste pornografia está cometendo adultério e/ou fornicação em seu coração. Isso significa também que é pecado mortal consentir em pensamentos impuros.


Nas Sagradas Escrituras há cerca de três passagens em que São Paulo dá uma lista de alguns dos principais pecados mortais que excluem as pessoas do Reino dos Céus. Estas listas não englobam todos os pecados mortais, como é óbvio, mas somente alguns dos mais predominantes. O significado das referências, nas passagens que se seguem, aos pecados de “impureza” e “efeminidade” sempre intrigou algumas pessoas. São Paulo diz que estes pecados excluem as pessoas do Reino dos Céus. Será que a “efeminidade” refere-se a agir como um homossexual? E a quê se refere o pecado de “impureza”?


Gálatas 5, 19-21 — “Ora as obras da carne são manifestas: são a fornicação, a impureza, a luxúria, a idolatria, os malefícios, as inimizades, as contendas, as invejas, as iras, as rixas, as discórdias, as seitas, os ciúmes, a embriaguez, as glutonerias e outras coisas semelhantes, sobre as quais previno, como já vos disse, que os que as praticam não possuirão o reino de Deus.”


1 Coríntios 6, 9-11 — “Porventura não sabeis que os injustos não possuirão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os impudicos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os que se dão à embriaguez, nem os maldizentes, nem os salteadores possuirão o reino de Deus. E tais éreis alguns de vós, mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo e mediante o Espírito do nosso Deus.”


Efésios 5, 5-8 — “Com efeito, sabei-o bem, nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é um idólatra, terá herança no reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos seduza com palavras vãs, porque por estas desordens vem a ira de Deus sobre os filhos rebeldes. Não queirais, pois, ter comunicação com eles. Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Andai como filhos da luz.”


São Tomás de Aquino identifica a masturbação como a “impureza” e “efeminidade” mencionadas na Bíblia.


São Tomás de Aquino, Summa Theologica, pt. II-II, q. 154, a. 11: “Eu respondo que, como referido acima, sempre que ocorre uma deformidade de natureza especial que torna o ato venéreo repugnante, existe uma determinada espécie de luxúria. Isto pode ocorrer de dois modos: primeiro, quando o ato é contrário à razão reta, e isto é comum a todos os vícios de luxúria; segundo, quando, ademais, é contrário à ordem natural dos atos venéreos tal como requer a espécie humana: e a isto se chama “o vício não-natural.” Isto pode acontecer de várias modos. Primeiro, procurando poluição, sem copulação, apenas para obter prazer venéreo: a isto pertence o pecado de ‘impureza’ que alguns referem-se como ‘efeminidade’. Segundo, procurando copulação com a espécie indivisa, e a isto se chama de ‘bestialidade.’ Terceiro, procurando copulação com o mesmo sexo, por exemplo, homem com homem, ou mulher com mulher, como diz o Apóstolo (Romanos 1:27): e a isto se chama o “vício da sodomia.” Quarto, falhando em observar uma maneira natural de copulação, seja por meios impróprios, ou outras formas monstruosas e animalescas de copulação.”


Portanto, masturbação não só é um pecado mortal, mas um pecado mortal identificado em três lugares diferentes nas Escrituras como um pecado que exclui do Reino dos Céus. Também é classificado por São Tomás como um dos pecados contra a natureza, pois corrompe a ordem pretendida por Deus. É provavelmente essa a razão pela qual se chama de “efeminidade”. Apesar de não ser o mesmo que a abominação da sodomia, não é de todo natural. Nós acreditamos que este pecado, sendo ele contrário à natureza e sendo classificado como "efeminidade" e "vício não-natural", é a causa de algumas pessoas entregarem-se a luxúrias não-naturais (homossexualidade).


Portanto, as pessoas que têm o hábito de cometer este pecado, têm de cortar com este male imediatamente e, quando estiverem preparadas, fazer uma boa confissão. Se alguém estiver a ter sérias dificuldades em largar tais vícios, então estão bem longe do nível espiritual em que precisam de estar. A graça de Deus está ao alcance destas pessoas, mas elas têm de rezar mais, rezar melhor, evitar ocasiões de pecado e exercitar as suas vontades. Necessitam de empenhar-se mais espiritualmente, e então abandonar tais atos não será um problema.




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